There’s A Place
E pra fechar o primeiro álbum contando um pouco sobre a história de cada canção dos Beatles, temos “There´s a Place”.
Apesar de Paul falar algumas vezes que a ideia da canção era dele, ela traz características marcantes das músicas de John, como sentimentos de isolamento e rejeição: “Existe um lugar, onde eu possa ir, quando eu me sinta fraco, quando eu me sinta triste.”
Será sempre difícil saber, pelo menos nas músicas menos comentadas, quais músicas foram escritas por Paul ou por John, ou qual a influência de um sobre o outro e cada canção, por isso acho que foi inteligente essa opção deles de assinarem todas como composição da dupla. Para nós, fãs, não importa porque o resultado final é sempre tão impressionante que será sempre creditado ao grupo como um todo.
Nos próximos dias começo a falar sobre as músicas do álbum “With the Beatles”
Kinetic Typography
A maioria de vocês já deve ter visto aqueles vídeos que utilizam fontes em movimento de diferente tamanhos, cores e tipologias para contar uma história, esse tipo de trabalho chama-se Kinetic Typography. A variação costuma ser apresentada acompanhando o ritmo da história e expressão dos sentimentos (fontes maiores para momentos de clímax, ou finas e pequenas quando é quase um sussuro…) e por ai vai.
Pois bem, hoje um amigo me mandou um vídeo, com a música Help! mostrada dessa forma, lógico que gostei e corri para procurar mais, achei os vídeos de With A Little Help From My Friends, Yesterday, no youtube tem mais só que alguns são bem mal feitos então nem vou postar mas, vejam abaixo os 3 que falo aqui e se encontrarem outros por ai nos enviem que publicaremos.
Deu até vontade de fazer um também!
I Am Sam – Uma lição de Amor… aos Beatles!
Eu, obviamente, sou beatlemaníaco por isso o blog, mas outra coisa que gosto muito são trilhas sonoras, séries ou filmes se tem uma bela trilha sonora já é meio caminho andado para me ganhar. Imagine então juntar as duas coisas e ainda ter uma história tocante e grandes atuações, pois assim é o filme I Am Sam, Uma Lição de Amor.
O filme conta história de Sam (interpretado brilhantemente por Sean Penn) um homem com problemas mentais, fã de Beatles e pai de Lucy (também uma bela atuação da ainda pequena Dakota Fanning), o trama começa a tomar o rumo de drama quando Lucy completa 7 anos. A pergunta que se coloca é: Será que alguém com idade mental inferior a própria filha, ainda criança, merece continuar com a guarda dela? Nesse momento entra na trama a advogada Rita (Michelle Pfeiffer) que irá ajudar Sam e Lucy continuarem juntos.
E o pano de fundo, que acaba roubando a cena, é essa paixão de Sam pelos Beatles, algumas falas ele relembra seu ídolos John e Paul, cenas que remetem ao quarteto de Liverpool e a trilha sonora toda constituída de covers do Fabfour . Ótimos covers, que trazem artistas como Eddie Vedder, Ben Harper, Sheryl Crow.
Assistam o filme e se deliciem com a trilha sonora!
Ronnie James Dio e seu amor pelos Beatles!
Algum tempo atrás eu li algo interessante a respeito do cantor Ronnie James Dio, que foi um dos cantores mais famosos do heavy Metal e que morreu recentemente, ele fez parte de bandas famosas como Black Sabbath e Rainbow.
Dio estava falando sobre influências, músicas e bandas que ele gostava. E declarou que a banda que ele era mais fã eram os Beatles. Isto mesmo! Um ícone do Heavy Metal tinha como banda prefirida os Fabfour! Bem
legal!! E ele também declarou que a música que ele mais gostava era a “A day in the life”, veja a declaração dele a respeito da música:
“Eu irei escolher “A Day in the Life” da minha banda favorita na Terra, os BEATLES. Eu acho que tem muita emoção nela, as notas de piano no final duram em torno de 10 minutos é tão raro. Mas essa música vai a lugares que eu nunca pensei que alguém teria ido antes. Eles ensinam todos nós como podemos ir a lugares e sermos aceitos. Para mim é a melhor música que já ouvi. Posso me lembrar de estar dirigindo na primeira vez que escutei e tive que sair da estrada. Eu simplesmente fiquei impressionado, não podia acreditar, não conseguia dirigir com aquela música. Será sempre minha música favorita e eles sempre serão minha banda favorita. Eles inventaram grandes composições, sabe? Ninguém fez isso antes deles, eles somente se afundaram nisso, e eles sabiam como escrever, foi tão especial e único. Eu digo que mesmo que John Lennon não fosse o maior cantor do mundo, seu estilo era brilhante e reconhecível. Eu penso que Paul McCartney era um dos maiores cantores da Terra. Aquele homem tinha a voz como um camaleão, ele podia gritar e berrar e cantar de maneira tão bela e compor músicas como “Michelle” e “Yesterday” e ainda fazer “Why Don’t We Do It on the Road”. Eu acho que expliquei o motivo de eu amar os BEATLES. Amo eles por estas razões e por outras também.”
Ringo!
Assistindo a entrevista dele no fantástico agora a pouco, me chamou a atenção um trecho que o repórter fala: “Ele mesmo admite que não tinha muita técnica”, algumas vezes quando ouço sobre Beatles vejo falarem mal do Ringo, na verdade nem é falarem mal, é mais não idolatrarem tanto quanto John, Paul ou mesmo George.
Acho que comparar qualquer artista com John e Paul é complicado eles tinham uma genialidade que beirava a perfeição, em algumas músicas compostas/tocadas alcançaram a perfeição e George, mostrou nas composições da época de Beatles, na carreira solo e no Traveling Wilburys que também era uma artista como poucos.
Mas nem por isso Ringo é mesmo Beatles, ou merece ser colocado como um artista de 2ª grandeza, Ringo esteve junto com os outros três Beatles durante todo o grande momento dos Beatles. Lembro de ter lido que durante a transição com a saída de Pete Best , George Martin chamou Andy White para tocar pois não conhecia Ringo ainda, pois bem, se Ringo não estivesse a altura de ser o baterista daquele fenômeno que surgia certamente George Martin teria convencido os outros para uma nova troca. E isso porque estamos falando só da qualidade como músico sem contar a personalidade que claramente, pelo menos nas histórias que ouço, ajudaram a controlar o temperamento dos outros Beatles além de nos proporcionarem lendárias e hilárias histórias como a confusão com as palavras que rendeu nomes de música como “A Hard Day’s Night” e “Tomorrow Never knows”.
Por fim, Ringo foi o baterista que os Beatles precisavam para tornarem-se o quarteto que conquistou o mundo!
Abaixo a entrevista completa exibida no Fantástico ontem (23/10/2011)
Abaixo o clipe de “Rain” que é, segundo o próprio Ringo, um dos melhores momentos dele nos Beatles, ao lado de “A Day in the Life”. Vale lembrar também que ele foi o vocalista de músicas como “Act Naturally”, “Yellow Submarine” e “With a Little Help From my Friends”
Do you want to know a secret?
Acho que o maior segredo, nem mesmo John Lennon sabia: Os Beatles tornariam-se a maior banda que o mundo já conheceu!
Mas falando da música, como já disse John Lennon não imaginava o que estava por vir quando compôs “Do you want to know a secret” no banheiro de sua casa, na época vida do rapaz John passava por uma mudança, não por causa dos Beatles, mas por que sua namorada, Cynthia, tinha acabado de descobrir que estava grávida e eles, as pressas como de praxe na época, se casaram.
E, apesar, do acontecido o segredo que ele questiona na música não foi inspirado por esse fato, mas sim pela música “I´m Wishing” que sua mãe Julia cantava para ele e era tema do filme “Branca de Neve e os Sete Anões” .
“Do you want to know a secret” foi gravada Billy J. Kramer e chegou ao segundo lugar nas paradas britânicas.
P.S. I Love You
Composta por Paul McCartney em 61, inicialmente, imaginava-se que tinha sido escrita para Dot Rhone, sua namorada na época, mas tempos depois ele afirmou que não pensava em ninguém especificamente ao escrever. Mesmo tendo sido lançada como lado B do single de Love me Do, chegou ao top10.
Outra curiosidade é que na primeira gravação em estúdio, a banda passava pela transição com a saída de Pete Best e como George Martin ainda não tinha ouvindo Ringo Starr, indicou Andy White que foi que acabou gravando a música.
Please, Please Me
Bing Crosby e principalmente Roy Orbison foram a inspiração de John Lennon para compor “Please Please Me” primeiro grande sucesso dos Beatles em todo Reino Unido. Segundo Lennon disse certa vez: “Eu me lembro do dia que escrevi a canção, eu ouvi Roy Orbison fazendo “Only The Lonely” na rádio. Eu também estava intrigado com as palavras de Bing Crosby em uma canção “Please lend a little ear to my pleas”. O duplo sentido para a palavra “please”. Por isso a minha canção era uma combinação de Roy Orbison com Bing Crosby”.
Apesar de terem feito sucesso com “Love me Do” foi “Please Please Me” que realmente alçou a banda ao sucesso no país todo, a música foi escolhida por George Martin, que também foi fundamental para esse sucesso, já que sob sua influência ela teve seu arranjo radicalmente alterado, deixando a música mais rápida do que na primeira versão.
Sobre a ligação com Orbison, durante uma turnê dele no Reino Unido os Beatles foram convidados a fazerem os shows de abertura, na época ele anunciou que os Beatles tinham condição de fazer grande sucesso nos EUA graças a uma música totalmente nova que apresentavam, ainda segundo ele: “É refrescante ver novos astros que não são apenas versões aguadas de Elvis Presley”
Quase três décadas depois Orbison se juntaria a George Harrison, Bob Dylan, Tom Petty e Jeff Line para formar o Traveling Wilburys um supergrupo aclamado até hoje.
Fonte: Wikipedia.org; A história por trás de todas as Canções.
Love me Do
O primeiro single dos Beatles “Love me Do” chegou de forma arrebatadora fazendo grande sucesso, apesar de uma letra simples, escrita principalmente por McCartney, não pode se negar que se trata de um clássico, talvez até pela própria simplicidade ela tenha alcançado tanto sucesso.
Mas também é importante considerar como era a Inglaterra dessa época, e a música de uma maneira geral, todos estavam acostumados com músicos pops sorridentes e comportados, quando de repente, surgem 4 rapazes de cabelos cumpridos e um som forte com influência do gospel marcado pela gaita de Lennon, tudo isso influenciou uma nova forma de se fazer e ouvir música, o primeiro single dos Beatles também pode ser o primeiro capítulo de um novo momento para a música mundial e todos aqueles que criticam essa fase inicial da carreira deles comparando com os últimos discos precisam lembrar da importância dessa música para tudo o que os Beatles representam até hoje.
beatlesclube 